sexta-feira, setembro 26, 2003

FAÇAACABEÇA

segunda-feira, setembro 22, 2003

Esse texto anda circulando na rede, e dizem ser de Arnaldo Jabor. Não sou o maior fã dele, mas esse é interessante (apesar de não ter nada de novo, acho que é o complexo de jornalista).


MULHERES:
Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens
não querem namorar as mulheres que são símbolossexuais.
É isto mesmo. Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha? As mulheres
não são mais para amar; nem para casar. São para "ver". Que nos prometem
elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones? Prometem-nos
um prazer impossível, um orgasmo metafísico, para o qual os homens não estão
preparados...
As mulheres dançam frenéticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas,
com seios imensos, girando em cima de garrafas, enquanto os
pênis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura.
Os machos estão com medo das "mulheres-liquidificador". O modelo da
mulher de hoje, que nossas filhas ou irmãs almejam ser (meu Deus!), é a
prostituta transcendental, a mulher-robô, a "Valentina", a "Barbarela", a
máquina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperatômico tesão. Que
parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há. Os
"malhados", os "turbinados" geralmente são bofes-gay,
filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou. Ou, então, reprodutores
como o Zafir, para o Robô-Xuxa. A atual "revolução da vulgaridade", regada a
pagode, parece
"libertar" as mulheres. Ilusão à toa.
A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a
nossa deu nisso: Superobjetos. Se achando livres, mas aprisionadas numa
exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor,
carinho e dinheiro. São escravas aparentemente alforriadas numa grande
senzala sem grades.
Mas, diante delas, o homem normal tem medo. Elas são "areia demais para
qualquer caminhãozinho". Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece
os homens. Eles vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos,
decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo
botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60.
Não há mais o grande "conquistador". Temos apenas os "fazendeiros de
bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeur,
babando por deusas impossíveis. Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e
peitinhos "normais" e "disponíveis"...
Pois bem, com certeza a televisão tem criado "sonhos de
consumo" descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor (eu). Mas ainda
existem mulheres de verdade. Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o
que tem "dentro de casa", o seu trabalho.
E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir um
gosto pela música, pela cultura, pela família, sem medo de parecer um
"chato" ou um "cara metido a intelectual". Mulheres que sabem valorizar uma
simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para
elas. Mulheres que adoram receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails)
românticos!![...]